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Gestão de Risco

O ATLANTICO encara a gestão de risco como elemento central da sua visão estratégica, apoiando esta função numa estrutura de órgãos colegiais compostos por Comités e Comissões independentes das restantes estruturas de governação.

Risco de crédito

A gestão do risco de crédito é baseada num conjunto de políticas e orientações estabelecidas em função das estratégias de negócio e do perfil de risco da Instituição. Para além dos normativos, a concessão de crédito é suportada pela avaliação e classificação do risco dos Clientes com o auxílio de modelos de scoring e de rating e na avaliação do nível de cobertura dos colaterais das operações.

Risco de mercado e liquidez

A avaliação do risco de liquidez baseia-se no cálculo e análise de indicadores que permitem identificar a evolução da situação de liquidez do Banco para horizontes temporais de curto prazo. A monitorização dos níveis de liquidez correntes e estruturais necessários, em função dos montantes e prazos dos compromissos assumidos e dos recursos em carteira, é efectuada através da identificação de gaps de liquidez, para os quais estão definidos limites de exposição.

Risco de solvabilidade

Antecipando os potenciais impactos da pandemia da Covid-19, o Banco não distribuiu em 2020 os resultados de 2019 sob forma de dividendos, de modo a permitir a manutenção do rácio em linha com o apetite ao risco estabelecido. Adicionalmente, no âmbito do reforço de imparidades associadas ao downgrade do rating de Angola, o impacto foi mitigado por via dos resultados que o Banco gerou até ao final do ano.

Risco cibernético

O cenário de ameaças está a mudar a um ritmo rápido e essa alteração tem desafiado a capacidade de adaptação das empresas. Nesse sentido, o ATLANTICO apostou cada vez mais em tecnologias de automação e machine learning para a análise de eventos, para fazer face à constante mutação dos cenários de ameaças. O Banco continua a gerir activamente o risco cibernético para salvaguardar os seus Clientes, o seu Ecossistema e, consequentemente, a economia nacional.

Compliance

Assiste-se a uma preocupação crescente, tanto por parte do ATLANTICO como das entidades reguladoras para a implementação de procedimentos para o controlo da exposição ao risco de Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, por forma a reduzir a probabilidade do Banco ser utilizado como veículo para a circulação de fundos com origens e/ou utilizações ilícitas.

Para efeitos de análise e avaliação de Clientes, o ATLANTICO garante diariamente o screening da sua base de dados de Clientes contra listas de Sanções e PEP – Politically Exposed Person (Pessoa Politicamente Exposta), nomeadamente OFAC – Office of Foreign Assets Control (Agência de Controlo de Ativos Estrangeiros dos EUA), BOE –Boletin Oficial Del Estado – Espanha, EU – European Union (União Europeia), PEP – Politically Exposed Person (Pessoa Politicamente Exposta), UN – Organização das Nações Unidas e HMT – HM Treasury (Ministério das Finanças e da Economia do Reino Unido), bem como listas internas de bad guys e outras que o Estado Angolano venha a considerar.

Auditoria Interna

Em 2020, adaptámos a estratégia da Auditoria Interna face ao contexto de pandemia:

  • Realocação dos Colaboradores para actividades consideradas como críticas (p.e.: fraudes e reclamações e controlos à distância);
  • Revisão do Plano definido para 2020, de forma a adaptá-lo ao referido contexto;
  • Para os pontos de atendimento, foram definidas auditorias parciais e à distância, ao invés das gerais e presenciais, mantendo os processos de maior criticidade;
  • Reforço da gestão e controlo das tesourarias nos pontos de atendimento na modalidade não presencial (online);
  • Monitorização contínua dos controlos/alertas referentes a processos e operações.