Mensagem dos Presidentes

“Somos hoje um Banco sólido, com o reforço significativo do rácio de solvabilidade para 20,5%; mais produtivo, no que respeita às operações core da actividade bancária; e mais eficiente, representando os nossos custos operacionais apenas 3,3% do total do activo.”

Estimados Stakeholders,

O início do processo de vacinação contra a Covid-19, em Março de 2021, renovou o optimismo sobre o possível fim da crise sanitária, o que poderia ser sinal de uma recuperação económica mais acelerada. Contudo, o surgimento de novas vagas de infecção em diversas geografias, associado à descoberta de novas estirpes do vírus com maior índice de transmissibilidade e mais agressivas, colocou novamente sob pressão os sistemas de saúde e a actividade económica não ficou alheia aos seus efeitos.

Não obstante, o ano de 2021 fica marcado pela recuperação da economia mundial, quer nas economias desenvolvidas quer nas emergentes e em vias de desenvolvimento, tendo o PIB global registado um crescimento superior a 5%, de acordo com o FMI, recuperando da recessão registada em 2020. Os estímulos fiscais e monetários adoptados pelos governos e bancos centrais de diversos países, e a redução das restrições à circulação de pessoas e bens, como resultado da estratégia de vacinação contra o vírus da Covid-19, contribuíram para a inversão do contexto recessivo registado em 2020.

Em 2021, a economia angolana registou uma evolução positiva, tendo invertido o ciclo recessivo registado desde 2016, suportado, sobretudo, pelo crescimento do sector não-petrolífero.

Em linha com o contexto global, em 2021, a economia angolana registou também uma evolução positiva, tendo invertido o ciclo recessivo registado desde 2016, suportado, sobretudo, pelo crescimento do sector não-petrolífero, com destaque para os sectores das Pescas, do Comércio, dos Transportes e da Agricultura. Adicionalmente, de acordo com as projecções do governo angolano, em 2021 o país deverá registar um superavit fiscal, recuperando do défice verificado em 2020, e uma redução significativa do endividamento público para níveis inferiores a 90% do PIB, nível mais reduzido desde 2018. Na vertente monetária, face ao aumento da taxa de inflação para 27%, a política manteve-se restritiva, com destaque para o aumento da taxa básica do BNA de 15,5% em 2020 para 20%.

Relativamente aos mercados financeiros, destaca-se a consolidação do regime cambial adoptado em 2020 e a maior diversidade de ofertantes, com destaque para o sector petrolífero e o Tesouro Nacional. As dinâmicas da oferta e da procura resultaram numa apreciação de 17,05% do Kwanza face ao USD. O mercado de capitais registou resiliência, apesar da redução do volume de negociação de dívida pública em mercado secundário face ao período homólogo, mantendo um volume anual de negócios superior a 900 mil milhões de kwanzas. Destaca-se também a realização da primeira privatização através de leilão em bolsa, no âmbito do programa de privatizações definido pelo Executivo para o período de 2019 a 2022 (PROPRIV), e o anúncio da previsão de realização das primeiras operações de abertura de capital em bolsa em 2022, com destaque para o sector bancário, que deverá ser o primeiro a ter operadores com acções cotadas na bolsa angolana.

17,05%

apreciação do Kwanza face ao USD

 

Graças às conquistas atingidas, em 2021 conseguimos definir um novo horizonte estratégico: o PHIT 2.4 – a nossa visão para 2024 –, a qual estabelece vários objectivos ambiciosos.

Apesar das adversidades registadas, no ano de 2021 conseguimos entregar com sucesso o plano estratégico ATLANTICO 2.1, que criou as condições necessárias para sermos um banco verdadeiramente universal e líder na transformação digital, a operar em alta disponibilidade e em múltiplas plataformas. Um Banco mais ágil e, sobretudo, centrado no Cliente.

Fruto destas conquistas, 2021 foi o ano em que definimos um novo horizonte estratégico: o PHIT 2.4 – a nossa visão para 2024 – que consiste em sermos o banco que melhor potencia o Talento, a Inovação e a Informação, para proporcionar uma experiência de excelência aos nossos Clientes e reforçar a resiliência do nosso balanço, através de um modelo de negócio industrializado.

Em harmonia com o processo de transformação que o PHIT 2.4 encerra, ambicionamos até 2024:

  • Ser o melhor banco para trabalhar! Tanto para os nossos Talentos, como para os nossos Clientes;
  • Continuar a liderar a transformação digital em Angola;
  • Tomar decisões suportadas em informação de qualidade;
  • Reforçar a solidez e a rentabilidade do nosso balanço;
  • Concluir a transformação do ATLANTICO numa “máquina” de serviço aos nossos Clientes, com escala, eficiência e excelência.

Faremos esta caminhada sempre fiéis ao compromisso fundacional do ATLANTICO de causar impacto na Sociedade:

  • Aumentando os níveis de bancarização, através da adopção de soluções simples, económicas e massificáveis como o *400# Agiliza, a parceria com redes de agentes bancários e a implementação de uma rede de equipamentos de selfbanking que confira autonomia aos nossos Clientes à escala nacional;
  • Suportando a vida financeira das PME, com enfoque no financiamento à diversificação da economia e fomento das exportações;
  • Focando-nos em desenvolver a nossa actividade incorporando no nosso modelo de negócio os princípios ESG (Protecção Ambiental, Transformação Social e Governo Corporativo), que sempre estiveram no nosso ADN, desde a fundação do ATLANTICO, bem como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, nas suas diferentes dimensões. Procuraremos, assim, corresponder às expectativas do nosso ecossistema, em particular das contrapartes internacionais que colocam este tema como uma condição incontornável para a sustentabilidade a longo-prazo de qualquer instituição.

Ambicionamos desenvolver a nossa actividade incorporando no nosso modelo de negócio os princípios ESG (Protecção Ambiental, Transformação Social e Governo Corporativo), bem como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

900

mil Clientes activos

32%

dos Clientes activos utilizam os canais digitais

O compromisso com as Pessoas é um dos pilares fundacionais do ATLANTICO. Neste primeiro ano de implementação do PHIT 2.4, em linha com a ambição de sermos o melhor banco para trabalhar, destacamos como um importante marco desta caminhada a retenção de 100% dos Talentos com elevado potencial. Acreditamos que o foco no nosso Talento é um dos pilares fundamentais para que possamos também ser o melhor banco para os nossos Clientes, destacando-se nesta matéria o incremento para 900 mil Clientes activos e a redução do número de reclamações para 0,5 por cada mil Clientes. Para além da repercussão no desenvolvimento do nosso Talento e na satisfação dos nossos Clientes, valorizamos também o impacto causado em mais de 9 000 vidas através de projectos de transformação social promovidos no seio do ecossistema ATLANTICO, em 2021.

Em linha com a ambição de continuar a liderar a transformação digital em Angola, importa destacar que 32% da nossa carteira de Clientes activos utilizam os canais digitais que colocamos à sua disposição e, em 2021, mais de 100 mil contas foram abertas através de plataformas mobile. Adicionalmente, 62% dos processos core da nossa actividade bancária já se encontram digitalizados, proporcionando desse modo uma melhor experiência aos nossos Clientes e de forma mais eficiente.

O investimento no processo de transformação do nosso modelo de negócio, buscando a sua industrialização, tem sido uma das prioridades estratégicas do ATLANTICO, desde a fusão. Em 2021, gostaríamos de destacar a expansão da nossa rede de pontos de atendimento para mais de 2 500 a nível nacional, impulsionada por uma rede de cerca de 2 300 pontos de venda de agentes bancários. Esta expansão complementa uma rede de agências bancárias dotada de espaços ATLANTICO 24 horas equipados com ATM e máquinas de depósitos, que permitem servir os nossos Clientes com a capilaridade que pretendem, em selfbanking e em alta disponibilidade.

Os processos de investimento na transformação estratégica do nosso modelo de negócio, e também de robustecimento do nosso balanço, que tem vindo a ser operado nos últimos anos, no sentido de o tornar mais líquido, rentável e cada vez mais adequado às crescentes exigências de um quadro regulatório em processo de equivalência de supervisão, impactaram no resultado líquido do exercício de 2021, que ascendeu a 3,4 mil milhões de kwanzas.

Este processo de transformação transversal, ocorrido nos últimos anos, permite-nos estar hoje focados em criar as condições necessárias para a abertura do capital do ATLANTICO em bolsa, no decurso de 2022. Somos hoje um Banco sólido, com o reforço significativo do rácio de solvabilidade para 20,5%; mais produtivo, no que respeita às operações core da actividade bancária; e mais eficiente, representando os nossos custos operacionais apenas 3,3% do total do activo, fruto de um conjunto de medidas de eficiência que têm vindo a ser implementadas desde a fusão, tirando partido das sinergias permitidas pela mesma, e, também, reforçadas pelo processo de transformação estratégica do Banco.

2 500

pontos de atendimento

3,4

mil milhões de kwanzas de resultado líquido

O Banco fortaleceu a sua cultura de gestão de risco, com especial enfoque nos riscos de balanço associados ao contexto, no risco de AML e no risco de cibersegurança, onde vamos igualmente reforçando os meios de controlo e supervisão da segurança da nossa placa tecnológica.

Adicionalmente, Governo Corporativo e Controlo Interno são duas importantes componentes do ADN ATLANTICO, bem presentes na nossa estratégia. Como tal, em 2021, o Banco fortaleceu a sua cultura de gestão de risco, com especial enfoque nos riscos de balanço associados ao contexto, no risco de AML e no risco de cibersegurança, onde, à medida que aumenta o nosso investimento em ferramentas digitais, vamos igualmente reforçando os meios de controlo e supervisão da segurança da nossa placa tecnológica. Por outro lado, implementámos um conjunto de alterações de governance e de estrutura, bem como revimos algumas políticas e processos, no sentido de conformar a instituição às exigências e boas práticas que o processo de abertura de capital em bolsa implica.

Em nome do Conselho de Administração, gostaríamos de agradecer a todos os nossos Stakeholders – nomeadamente aos Accionistas, Clientes, Talentos e Parceiros – por todo o trabalho árduo e confiança no ATLANTICO.

Uma nota especial para os nossos 1 503 colaboradores, espalhados por todo o País, é inteiramente merecida. A vossa dedicação, empenho e qualidade foram absolutamente essenciais para, num contexto desafiante, continuarmos firmes nos nossos propósitos.

Este último ano foi bastante desafiador. Mas, mais uma vez, o ATLANTICO conseguiu consolidar a solidez do balanço e transformar 2021 num ano de grande aprendizagem, de fortalecimento da nossa visão de futuro, focados em servir cada vez mais e melhor o nosso Ecossistema.

Temos plena confiança que 2022 continuará a ser um ano de sucesso para o Banco e para todos os seus Stakeholders.

Um bem-haja a todos pela confiança contínua no ATLANTICO.

O ATLANTICO conseguiu consolidar a solidez do balanço e transformar 2021 num ano de grande aprendizagem, de fortalecimento da nossa visão de futuro, focados em servir cada vez mais e melhor o nosso Ecossistema.
ATLANTICO, Rumo a um novo horizonte